CoqueiralA saudade é um batimento que rebenta assimvinte e oito vezes desde meu ombro tatuadode desastre até à rosa pendurada em sua bocaE o amor, neste caso específico, é um mergulhodestemido que deriva quase sempre de uma notaclimática apenas para convergir no osso frontaldo crânio do rei da ilusão – terno é o seu rostoSenhor, os ossinhos do mundo são de mel e ouro.
A Matilde é muito bonita dentro e fora. A poesia da Matilde é brinquedo de armar. Por vezes nem ela sabe que peça encaixa aqui, acho que é a vermelha, mas pode ser a azul também, se não encaixar a gente dá uma marretada. É poesia de amor bandido, amor doído, poesia de saudade, poesia de poesia, como todo livro de poeta tem. É aperto de mão não muito firme, mas agradável. A chave da porta é essa, não muito firme, mas agradável.
Jóquei (★★★★)
Matilde Campilho, Portugal, 2014 / Tinta da China
Matilde Campilho, Portugal, 2014 / Tinta da China